III

Rafael Barreto

Minha avó disse tal como “praga, experiência ou benção” a mim não cabe dizer

– Ninguém nunca casa com a primeira. Senti tal qual alfinete da angústia e ri.

Ao frio inicial, leves trepidações me tira o ar.

No encostar dos corpos, anestesiado, Frio não se sente, um pouco de medo.

Como a fusão de dois corpos celestes derretem Se unem. Mas não somos astros.

Teu corpo no meu, minha boca, a sua, Produz ardor… prelúdio.

Em horas de agonias confranger-me o corpo

Já não me valem, quinhentas páginas, ou sedativos, Algo qualquer que me dopasse. Que agonia.

Tu eras minha dor. Eu era. Você era minha mente. Como um “São”, um Santo que pula em roseiras nu,

Eu me jogaria por amor.

Pois a mente não sofre como a carne.

Tua pele morena me descansava, Te envolver fortalecia.

Proteger-lhe, e colher tuas lágrimas me faziam “ser” (humano ou homem)

Nas cores do entardecer te esperava em mar de gente Vez outra coração dói

Não pense errado, meu bem, peguei uma benção, para nós.

Sobre o autor:

Natural de Nova Serrana – MG. Estudante do curso de Biblioteconomia, amador em poesia, escreve esporadicamente. É amante da literatura, arte e fotografia.