Alexandre Lucas*
A borboleta surgiu entre sorrisos decotados. Manhã, vejo estrelas. Bebo o vermelho- arroxeado do suco de beterraba, está tudo vermelho. O alarme toca para o bom dia de girassol. A promessa se cumpre. A vida bate palmas para a esperança.
Você pergunta sobre o vinho e a embriaguez estão na conexão dos nossos versos. A borboleta dança entre a palavra e o escondido. O esconderijo dos desejos abre os braços com a timidez dos olhos pronunciados. A tranquilidade borda um lençol de traquinagem para repousar o cansaço ou para validar o embaraço dos corpos.
Escrevo a última carta dos amores impossíveis, mentira! A borboleta voa, aparece quando quer. O vinho já foi comprado, a lua faz rede, nós fazemos disfarces. As cartas estão na mesa, mas não nos ensinaram a ler o amanhã.
Sobre o autor:
Alexandre Lucas
*Alexandre Lucas é escrevedor, articulista e editor do Portal Vermelho no Ceará, pedagogo, artista/educador, militante do Coletivo Camaradas e a integrante da Comissão Cearense do Cultura Viva.