Dôra, Doralina
Luciana Bessa
Conheci Dôra, Doralina, de Rachel de Queiroz, pelos idos da década de noventa. A obra foi indicada para o vestibular da Universidade Federal do Ceará (UFC) e um grupo de alunos transformou-a em uma peça de teatro.
Diante de mim, uma mulher de compleição frágil, mas de coragem e uma valentia que não se adequavam em um corpo magro, um olhar melancólico e uma voz doce. Foi amor à primeira vista.
Pensei: preciso ler imediatamente essa obra. Contudo, a vida tem outras urgências, os professores outras indicações e a crítica especializada outras predileções. Acabei lendo “O Quinze”.
Só muito tempo depois consegui (re)encontrar Dôra, Doralina. É uma obra extensa, mas a linguage...

