Literatura

Uma pequena flor
Literatura

Uma pequena flor

Maria Isabelly de Souza Maranhão* Essa é uma pequena florOnde tudo ela via amorUma flor alegre, engraçada, divertida e sem menos dúvidas muito extrovertida.Uma flor de bom humor.Onde tudo, lembrava o calor de seu amor.Uma flor que era bem interessante.E que por ela em um instante, demonstrava seu amor sem medo de sofrer a dorUma flor intensa, onde ela sempre amava sua crença, e todo o seu clamorMas um tempo a flor foi ficando fraca.E a cada dia que passava, suas pétalas murchavamJá estava perdendo a corEla já não via mais tudo com amorPois ela esqueceu, que já foi uma bela florAs pessoas a julgavamE com cada esculacho, ela se sentia inferiorNão se via mais como interessantePois a cada instante, perdia sua cor.Muitos dias foram passando, e ninguém a mais notavaPois sua ausência já mais n...
As ondas da mente
Literatura

As ondas da mente

Suzanna Queiroz* PensamentosSeria isso, um privilégio ou maldição?Eles surgem bruscamente em meu coraçãoComo um servo lealFazem parte da nossa naturezaAssim como as ondas do marQue se agitam compulsivamenteMas, quando se acalmam, purificam a almaAssim são os pensamentosTanto torturam, quanto nos amadurecem. *Estudante do 9º ano do Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti, (Crato/CE). Aquela que enxerga beleza nas pequenas coisas da vida
Meu jeito de amar
Literatura

Meu jeito de amar

Jessé Adhiel* Assim como Cazuza,sou exagerado.Amo com intensidade,que é pra não perder o interesse.Intenso com o amor,assim serei. Amor é coisa séria,mas ao mesmo tempo louco.Porque amor não está apenasno dizer "eu te amo"Amor está nas açõesame com atos e palavras. Se não confia tanto nas palavrasveja o olhar.O olhar não menteno olhar estáOs mais profundos sentimentos e desejosame no olhar também. Amar não é pra qualquer um,tem que saber esperar.Saiba quando esperar e partir.Quem ama, tudo suporta,quem não ama, pega a mala e cai fora. *Estudante do 9º ano Colégio Municipal Pedro Felício. Aquele que vai contra os ventos
Água
Literatura

Água

Francisco Joherbet* A água pode acabar.Cuidado para não desperdiçar.Quando acabar todos vão chorar.Se acabar nenhum de nós mais vai sobrar. O mundo sem água é igual a fogueira sem brasa.Sem cuidado o mundo se acaba.Os humanos sem água vão virando calda.E sem água o mundo vira papa. *Aluno do 7° ano do Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti. Adora ler livros, poesias e escrever.
Não me contaram sobre o Dia Nacional das Artes
Literatura

Não me contaram sobre o Dia Nacional das Artes

Luciana Bessa A humanidade é limitada e individualista. Para sair desse ciclo de “pequenês”, precisamos ver, sentir, escutar, apreciar, vivenciar múltiplas experiências, mas, sobretudo, precisamos da(s) arte(s). Isso me fez lembrar de um desabafo da cantora e compositora Zélia Duncan, no ano de 2018, período conturbado da política brasileira, em virtude da polarização entre os candidatos do partido de esquerda e do partido de extrema direita para o cargo de Presidente da República. Ano atípico para os artistas brasileiros, que da água para o vinho, começaram a ser atacados por zumbis, ora robôs, ora gente. Em defesa da classe artística, Zélia Duncan foi em suas redes sociais e questionou os reacionários que não suportam a liberdade de expressão: “Você não precisa da arte?”. Ne...
Resident Evil 4 Remake: um relato nostálgico de um nordestinado gamer
Literatura

Resident Evil 4 Remake: um relato nostálgico de um nordestinado gamer

Hemerson Soares Meu primeiro contato com jogos eletrônicos foi aos meus sete anos de idade, nessa época o aparelho mais acessível para crianças da minha região era ter um minigame, aqueles aparelhos pequenos de mão que lembravam o gameboy e que inclui o famoso jogo Tetris. Contudo, só aos treze anos de idade tive acesso aos jogos eletrônicos da era 3D quando me contagiei com o meu primeiro computador, momento este que também abriu um mundo de possibilidades em minha vida, mas que deixarei para falar em outra oportunidade. Não me recordo qual foi meu primeiro jogo que tive contato, porém, um dos meus primeiros jogos memoráveis foram Grand The Auto Vice City, e um pouquinho mais tarde: Resident Evil 4 (no Japão seu título original é Bioharzard 4) que foi lançado em 2005. Conheci Reside...
Nas ondas da Literatura
Literatura

Nas ondas da Literatura

Luciana Bessa Há dois anos, O Blog Literário Nordestinados a Ler foi convidado por FranciscoNascimento para fazer um programa na Web Rádio Cafundó, cuja programação évoltada para o fortalecimento da cultura e dos movimentos sociais, assim comopara os Direitos Humanos. Confesso que minha primeira reação foi perguntar: “Como assim?”, “Falarsobre Literatura em uma rádio?”. Esse estranhamento se deu, porque sou deuma geração que escutava rádio com uma fita cassete na mão, pronta paragravar músicas em inglês com a tradução do locutor. Nunca escutei um programa de rádio que tivesse a literatura como foco. Mascomo sou movida a desafios, já dizia Sócrates “Uma vida sem desafios nãovale a pena ser vivida”, aceitei a provocação literária, afinal, o poeta gaucheCarlos Drummond de Andrade ens...
Nem uma vez uma voz humana
Literatura

Nem uma vez uma voz humana

Luciana Bessa Nove contos, nove vozes de mulheres integram a obra Nem uma vez uma voz humana, da escritora paraibana Débora Gil Pantaleão. Cada texto segue o fluxo da consciência e olha para o interior de cada uma das personagens submetidas a diferentes tipos de violência. Com a capa de Ícaro Medeiros, uma epígrafe de Samuel Beckett (de onde foi retirado o título do livro), um prefácio de Lucimar Bello, a autora nos apresenta uma escrita cortante sobre mulheres que vivem situações tensas e densas. No primeiro conto “Janela Abaixo”, a narradora conta-nos como foi seu dia. Uma temática comum se não fosse por um detalhe: “Detestava crianças. Não sei como consegui ser uma” (p. 17). Depois de dez anos de casada, Daniel, o marido, a convenceu a engravidar. A princípio ela acreditou q...
The Last Of Us
Literatura

The Last Of Us

Renato Mendes New the Walking Dead? Surfando na onda de séries pós apocalípticas, que ganharam ainda mais força no cenário pandêmico, a HBO acertou na produção de The Last Of Us. No entanto, a série é bem difícil de ser comparada a outras do gênero. The Walking Dead, por exemplo, é semelhante por também ter uma versão como jogo, só que é menos conceitual, os infectados têm mais protagonismo e são mais violentos. A morte de Tess (Merle Dandridge) é um bom exemplo, quando encurralada pelos “zumbis”, eles não a mordem todos de uma vez, como aconteceria no produto da AMC, mas apenas um infectado deixa os esporos entrar pacificamente pela boca dela. Grosseiramente, há pouquíssimas semelhanças entre as duas produções. Fazendo o comparativo entre as duas, um elogio a HBO foi mostrar a or...
Close: um filme para sentir
Literatura

Close: um filme para sentir

Renato Mendes Close é um drama belga no estilo coming of age, ou seja, está voltado para o período da juventude e seus dramas. Dirigido e roteirizado por Lukas Dhont, o longa-metragem é baseado em suas histórias pessoais. O trabalho é o segundo grande sucesso do diretor, tendo lançado Grill em 2018. O filme conseguiu me transpor para a cena, graças a trilha sonora e o movimento de câmera. Começa com Remir (Gustav De Waele) e o seu melhor amigo Leo (Eden Dambrine) brincando em uma fortaleza criada em suas imaginações. Em seguida, os dois correm por um lindo campo de rosas, enquanto no segundo plano são apresentados outros personagens da história. Nesse início há a sensação de uma infância ingênua, sendo logo evidenciado a relação de proximidade dos personagens. A principal caracter...