Literatura

Maria Bethânia, a sedução e o encantamento da “Abelha Rainha da MPB”
Literatura

Maria Bethânia, a sedução e o encantamento da “Abelha Rainha da MPB”

Shirley Pinheiro “Maria Bethânia, please send me a letterI wish to know the things are getting betterBetter, better, beta, beta, Bethânia”(Caetano Veloso, 1978) Há 76 anos, nascia em Santo Amaro, na Bahia, aquela que viria a ser um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira (MPB). Um nome que inspira música desde o próprio batismo. “Maria Bethânia”, sugerido por Caetano Veloso, seu irmão mais velho, um companheiro de vida e de estrada, e inspirado na canção de Nelson Gonçalves, foi a escolha perfeita para incorporar todo o encanto de uma mulher que transborda poesia em sua voz e em suas canções. Maria Bethânia, a dona de uma voz envolvente e de performances musicais dotadas de sedução, veio ao mundo em 18 de junho de 1946. Filha de Seu Zezinho e Dona Canô, a arte percorr...
Aniversariante – Ariano Suassuna
Literatura

Aniversariante – Ariano Suassuna

Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927 em João pessoa, Paraíba. Foi um escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo, professor e advogado. Foi eleito para a cadeira n°32 da Academia Brasileira de Letras. Sua obra-prima  O Auto da Compadecida , foi adaptada para a televisão e para o cinema. Sua obra reúne, além da capacidade imaginativa, seus conhecimentos sobre o folclore e a cultura nordestina. As indicações de hoje são suas peças teatrais, "O Auto da Compadecida" (1955), "Uma mulher vestida de sol" (1947) e "O santo e a porca" (1957).
Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó
Literatura

Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó

✍️ Na programação da Rádio Cafundó, o Nordestinados a Ler vai homenagear “Um homem de mil faces”, “um contador de histórias”, “o cabreiro tresmalhado”, “um sertanejo universalizado”, “um intelectual”, “um professor-artista”, “o barão do saber”, “dramaturgo e romancista”, “um guerreiro armorial”, “um criador” chamado Ariano Suassuna, paraibano nascido no dia 16 de junho de 1927, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, professor e autor de “O auto da compadecida”, escrita em 1955 e, que em 1999, ganhou uma adaptação para a TV, se tornando uma minissérie da TV Globo e no ano seguinte, virou um longa-metragem. • Dia 11, sábado • Horário: 17h 📻 Para ouvir, acesse o link: http://l.radios.com.br/r/179244
Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó
Literatura

Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó

Na programação da Rádio Cafundó, o Nordestinados a Ler vai homenagear o poeta Murilo Mendes. Sua obra de estrei chama-se Poemas publicada em 1930 e traz temas do Modernismo dos anos 20, como o nacionalismo, o folclore, a linguagem coloquial, o humor e a paródia. Escreveu ainda: Bumba-Meu-Preta (1930), História do Brasil (1932), O Visionário (1941). Murilo, que se considerava “um fragmento de Deus”, foi um dos principais representantes da poesia religiosa cultivada na Segunda Geração do Modernismo.  • Dia 04, sábado  • Horário: 17h  Para ouvir, acesse o link: http://l.radios.com.br/r/179244
A vida invisível de Eurídice Gusmão
Literatura

A vida invisível de Eurídice Gusmão

Shirley Pinheiro A leitura de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão me pegou desprevenida. Em linhas gerais, já conhecia o enredo, a história de duas irmãs que tomam rumos diferentes na vida, mas que ambas vivem infelizes com suas escolhas. Bem, isso é o que está nos resumos da obra nos sites de compra. O que eu não esperava, é que nas primeiras páginas, quando a autora, Martha Batalha, introduz suas primeiras notas, eu já estaria de olhos marejados e completamente entregue à obra. “Mas o mais real deste livro está na vida das duas protagonistas, Eurídice e Guida. Elas ainda podem ser vistas por aí. Aparecem nas festas de Natal, onde passam a maior parte do tempo sentadas, com o guardanapinho nas mãos. São as primeiras a chegar e as primeiras a ir embora. Comentam sobre os te...
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Blog Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó

Na programação da Rádio Cafundó, o Nordestinados a Ler vai homenagear o jornalista e escritor Lima Barreto - dono de uma obra extensa composta por romances, sátiras, contos, crônicas e vários textos em periódicos. É autor de títulos muito conhecidos, como o romance “Clara dos Anjos”; o livro de crônicas “Os bruzundangas”; o de memórias “Diário íntimo” e, claro, “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, uma obra recheada de críticas sociais e a valorização de aspectos nacionalistas, como o uso de linguagem coloquial.• Dia 28, sábado• Horário: 17h Para ouvir, acesse o link: http://l.radios.com.br/r/179244
Literatura

O milagre de Shirley Dayanna, nos versos de Salete Maria

Shirley Pinheiro Em 1949, Simone de Beauvoir concluiu que as concepções acerca dos indivíduos são construídas social e culturalmente, não se nasce com elas, mas se aprende através da socialização, logo, “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Mas o que faz de uma mulher uma Mulher? Para Shirley Dayanna, protagonista do cordel O Milagre Travesthriller: A História Da Travesti Que (Com Fé) Engravidou, escrito pela advogada (de mulheres, travestis, pessoas trans e homossexuais), professora e cordelista Salete Maria, o que a preocupa e faz com que se sinta inadequada é a impossibilidade de aumentar sua família, “como faz todo casal”. O que a impede de realizar esse desejo? Shirley Dayanna, “orgulho da causa gay”, é uma travesti. É então que começa a saga de transgressão de Shirley Dayanna...
Literatura

Olga Savary: “Eu sou um ser erótico”

Shirley Pinheiro Aos 19 anos, com um exemplar do próprio livro embaixo do braço e a ousadia de uma poeta em ascensão, Olga Savary visitava o antigo Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro, onde trabalhava o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, aquele que viria a se tornar um grande amigo e admirador (de sua beleza e poesia). A intenção da jovem era convencer o autor de Alguma Poesia (1930) a ler os cem poemas que ela reunira naquele “livrinho”. Mal sabia que naquele momento despertara o encantamento de um dos maiores poetas da Literatura Brasileira e que dali em diante seria a musa de vários poemas não publicados, dentre eles Miragem (1955). Miragem Chegou, impressentida e silenciosa, Com uma saudade eslava nos cabelos E um ritmo de crepúsculo ou de rosa. ...
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A vocação poética de Murilo Mendes

Luciana Bessa Telegrafista, guarda-livros, contador, funcionário do cartório do pai (Onofre Mendes) e professor de francês, o mineiro Murilo Mendes se tornaria, na década de 1930, um dos poetas mais significativos da Segunda Geração do Modernismo. O que o levou à Poesia? A passagem do Cometa Halley, na madrugada do ano de 1910. Assim como seu conterrâneo, o poeta gauche Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Murilo acreditava que o planeta explodiria com o impacto da cauda do indesejado viajante. O cometa passou, a terra não explodiu, Drummond continuou frequentando as aulas de aritmética, as missas aos domingos e obedecendo aos mais velhos, como nos conta na crônica Fim do Mundo. Já Murilo Mendes, nascido em 13 de maio de 1901, passou a estudar literatura e poesia entre os anos ...
Literatura

Lima Barreto: da marginalidade à eternidade

Luciana Bessa Escritor e jornalista brasileiro, Lima Barreto, nascido no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881, sob o contexto da abolição da escravatura, por quem tanto lutou, e da Proclamação da República, é possuidor de uma vasta obra, formada por crônicas, diários e romances de temática eminentemente social e, com um tom satírico, privilegiou aqueles que não tinham voz dentro de uma sociedade elitista e conservadora, omo pobres, boêmios, negros, loucos, composta por homens e mulheres brancos. Foi considerado por Monteiro Lobato um romancista de “deitar sombra” em vários outros escritores de sua época, inclusive de Coelho Neto, autor de Tormente (1901) e fundador da cadeira nº 02 da Academia Brasileira de Letras (ABL).  O criador de Emília no país da gramática (1934), declara...