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PEDAGOGIA  COM  AFETO

Maria Patriolino, é escritora, poetisa, autora, coautora em diversas antologias brasileiras. Formada em Serviço Social, pós graduada em psicopedagogia.  Seus livros estão na plataforma da Loja da Amazon. Ama viajar, conhecer lugares e diferentes  culturas. A escola apropriadamente tem  um papel  importantíssimo na vida das crianças na primeira infância, por isso,  há trabalho no afeto, mais precisamente na Educação Infantil. Vale enfatizar que  é nesse período  de adaptação da criança ao meio físico e social, que  os vínculos afetivos construídos nessa fase são essenciais para a evolução do educando.  Segundo Antunes (2008). O ser humano nasce extremamente imaturo para a sua sobrevivência,  e sendo assim, há necessidade da prese...
PATATIVA DO ASSARÉ, HERÓI DA PÁTRIA BRASILEIRA
Cultura, Sem categoria

PATATIVA DO ASSARÉ, HERÓI DA PÁTRIA BRASILEIRA

Foto: Fernando Travessoni O Congresso Nacional através do decreto n° 1912, DE 2024, inscreve o nome de Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, por meio da autoria da senadora Janaína Farias (PT/CE).Quem é o poeta Patativa do Assaré? Antônio Gonçalves da Silva, nasceu no sítio Serra de Santana, zona rural da cidade do Assaré (CE), no Sul do Ceará. Foi o segundo dos cinco filhos dos agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva.“Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, figura emblemática da cultura popular brasileira, cuja obra e vida merecem ser reconhecidas e eternizadas no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Patativa do Assaré nasceu em 5 de março de 1909, em Assaré, no interior do Ceará,...
Luiz Gonzaga, “minha sanfona, minha voz, o meu baião”
Literatura, Sem categoria

Luiz Gonzaga, “minha sanfona, minha voz, o meu baião”

Shirley Pinheiro “Modéstia à parte, mas se eu não desafinoDesde o tempo de meninoEm Exu, no meu sertãoCantava solto que nem cigarra vadiaE é por isso que hoje em diaAinda sou o rei do baião” Ser nordestino, como disse o poeta, é uma sorte arretada, mas isso implica também, no enfrentamento de vários preconceitos e estereótipos, de violência, de pobreza, de seca, dentre outros. Mas se tem uma máxima nordestina que muito me agrada é que todos nós já nascemos escutando Luiz Gonzaga. Não importa se você prefere rock, pop ou samba, se nasceu no Nordeste, com certeza conhece o Rei do Baião e, provavelmente, gosta de suas músicas. Dono de uma voz inconfundível, Luiz Gonzaga do Nascimento foi o maior responsável por difundir a cultura nordestina pelo resto do país. De chapéu de couro ...
Cultura Viva conhecer, defender e diferenciar
Literatura, Sem categoria

Cultura Viva conhecer, defender e diferenciar

Alexandre Lucas É necessário desromantizar o conceito de cultura como sendo algo necessariamente positivo. A cultura precisa ser percebida como processo permanente de produção e reprodução material e imaterial, permeada de conflitos, narrativas e ideologias predominantemente alinhada aos interesses da classe economicamente dominante.  O que nos coloca diante de um contexto de entendimento que cultura também não é algo homogêneo, imparcial e alheia a dimensão da alienação, violência, individualização, competição, mercantilização e fragmentação da vida e da luta pela construção de um novo tipo de sociedade.  No campo da luta por políticas públicas para cultura no Brasil, se faz necessário conhecer a trajetória, o caráter e a perspectiva peculiar e revolucionária do Cultura V...
A rede, por Alexandre Lucas  
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A rede, por Alexandre Lucas  

Por Alexandre Lucas*  Sal para não apodrecer a carne retalhada. Por aqui estão salgando o coração. Os olhos são rios efêmeros, já não conseguem ser mar. Os livros, até tem por aqui, tem uma biblioteca cheia de mundo, próxima à esquina.  As poesias foram espalhadas pelas ruas.  Paramos algumas vezes para brincar com as crianças.  Pintamos os muros, estão mais coloridos.  A bola corre solta por aqui, é uma das poucas opções para suar e dar brilho aos olhos. A bala também corre solta, já ela não chega a ser opção. Há quem fale em escolhas, mas as linhas da vida não são escritas apenas de vontades. Temos tanto o que não queremos e isso não é opção, jamais é escolha.  Na madrugada, o menino dormia como menino, na rede, e seus sonhos eram pequenos, seus pes...
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A casa de saco, por Alexandre Lucas

  Por Alexandre Lucas*   Sentado no tumulto da rua, carregava um saco de paciência. Recolhia olhares e descobria a pressa. A corrida para não chegar a lugar nenhum. Esqueceu seu nome, entre os desconhecidos. Era sempre o senhor, o velho, o homem, o bêbado, o doido. Inúmeras identidades de um anônimo.   Saco sempre cheio. Catava outros sacos menores, mesmo sem ter nada para ensacar. Sua pele encardida se assemelhava com as sacolas enrugadas. Uma greve permanente de cheiro, água em abundância desbotava sua cor, por acaso e no inverno. Idade, quem sabe? O corpo jogado ao sol se desfaz com ligeireza e confundi o tempo. Uma dose de cachaça para carregar a vida. Com afinco o homem arrasta pela cidade o saco, transporta nas costas sua casa, esperando o dia passar. *Pedagogo ...
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Dois banhos

Por Alexandre Lucas* Mel com suco em pó, bem misturado, passado no corpo, lembra sangue. Centro da cidade. Comércio aberto. Jovem preto ergue bacia com líquido vermelho, despeja sobre sua cabeça lentamente. Aos poucos, seu corpo vai sendo coberto de tensão, os olhares diversos testemunham o banho público. Algumas pessoas riem, outras se abalam. Uma mulher entra em desespero querendo desfazer o banho. Várias pessoas perguntam: O que é isso? Depois de quase uma hora parado, o jovem se movimenta. Ali mesmo improvisa um banho com água trazida em garrafas pet, volta a ficar preto. Em suas conversas, relata do seu moinho de abandono. Fala da mãe de olhos claros que vive distante, das encruzilhadas que fazem seus olhos brilharem de ódio, da casa pequena menor que seus sonhos e o quanto é...
Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó
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Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó

✍️ Na programação da Rádio Cafundó, o Nordestinados a Ler vai homenagear o cantor, compositor, escritor, dramaturgo e um dos principais artistas brasileiros – Chico Buarque. Além disso, é uma personalidade intelectual e atuante na política. Tido como um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira (MPB), compôs inúmeras canções importantes, muitas delas com críticas e denúncias sociais. Em maio de 2019, venceu o Prêmio Camões, um dos “maiores reconhecimentos da Literatura em Língua Portuguesa”. É autor de “Estorvo” (1991), “Budapeste” (2003), “Leite Derramado” (2010) “Essa Gente” (2019), etc • Dia 09, sábado • Horário: 17h📻 Para ouvir, acesse o link: http://l.radios.com.br/r/179244
Wisława Szymborska
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Wisława Szymborska

Shirley Pinheiro “Aconteceu de eu estar e observar. Acima de mim uma borboleta branca tremula no ar as asas que só pertencem a ela e passa sobre minhas mãos uma sombra, não outra, não de outra qualquer, mas dela somente. Diante de tal vista sempre me abandona a certeza de que o importante é mais importante do que o desimportante.” (De Um amor feliz, tradução de Regina Przybycien, edição da Companhia das Letras.) Quando despertei para a leitura de poesia contemporânea, as redes sociais foram (e continuam sendo) minhas primeiras fontes de acesso. Passei a acompanhar páginas de poesia e de poetas novos e pouco conhecidos, sempre usufruindo de suas próprias produções e desfrutando das suas referências. Foi assim que, em uma noite insônia, me deparei com a poes...
Elza Soares, a mulher do fim do mundo
Literatura, Sem categoria

Elza Soares, a mulher do fim do mundo

Shirley Pinheiro “Até o fim eu vou cantar Eu vou cantar até o fim Eu sou a mulher do fim do mundo Eu vou, eu vou, eu vou cantar Me deixem cantar até o fim” (Elza Soares, 2015) A melhor cantora do milênio, de acordo com a rádio britânica BBC, é brasileira, preta e periférica. Nascida no dia 23 de junho de 1930, Elza Soares carregou na pele, nos olhos e na voz, durante seus 91 anos de existência, a dororidade de uma mulher que não se curvou aos sofrimentos da vida e transformou as lágrimas em samba — “mulher de moral não fica no chão/ nem quer que ninguém lhe venha dar a mão/ Reconhece a queda/ Mas não desanima/ Levanta, sacode a poeira/ E dá a volta por cima”. Um dos maiores nomes da música popular brasileira, Elza Soares nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, na ...