Chico Buarque, um crítico social nos versos do seu refrão
Shirley Pinheiro
0 refrão que eu faço
É pra você saber
Que eu não vou dar braço
Pra ninguém torcer
Deixa de feitiço
Que eu não mudo não
Pois eu sou sem compromisso
Sem relógio e sem patrão
(Chico Buarque, 1965)
Quando o assunto é música de protesto, muitos são os cantores brasileiros que merecem o destaque — Belchior, Nara Leão, Raul Seixas, Caetano Veloso, Rita Lee — todos de uma geração marcada pelos horrores das guerras que aconteceram ao redor do mundo e das ditaduras e crises políticas que acometeram o Brasil no século XX. Entre os nomes de grandes artistas perseguidos pela censura está o de Chico Buarque, filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda.
Nascido no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944, Chico, que, além de cantor, também é composit...