O Coliseu tornou-se o maior anfiteatro, com uma estrutura elíptica de 188 metros de comprimento, 156 metros de largura e 57 metros de altura. Foi construído com tijolos e revestido de mármore travertino, dividido em cinco níveis e tinha capacidade para mais de 50.000 pessoas. As áreas eram definidas de acordo com a classe social, quanto mais perto da arena, mais elevado era o nível social a que as pessoas pertenciam.
Arredores do Coliseu você não terá dificuldades em comprar souvenir, roupas, bolsas, e até artigos de uso pessoal nas feiras livres com vendedores ambulantes. Há hoteis, restaurantes, cafés para todos os gostos e bolsos.
Desde quando assisti o Filme: Enquanto Você Dormia, com a atriz Sandra Bullock, começou a acender em mim uma chama de desejo de conhecer a Itália, especificamente, Firenze conhecida como cidade da arte e da moda.
Na primeira oportunidade depois de começar a trabalhar profissionalmente com cabelo, tive a satisfação de viajar com um grupo de profissionais da beleza direto para Roma ( essa foi a primeira vez que viajei de avião, e que saí da região Nordeste). Na verdade, a cidade romana seria apenas mais uma cidade a visitar, além das já comentadas aqui, passaríamos também por Rimini, Milão e Bolonha para assistir à feira de beleza. Sem muito interesse antes mesmo de pisar em solo italiano, não via a hora de chegar em Firenze ou Florença, assim como deseje chamar.
Depois de um pouco mais de doze horas de viagem, o avião pousou no nosso primeiro destino, era por volta das 15h da tarde, cansada e com fome de comer algo mais sólido, o grupo se reuniu para procurar um restaurante com intuito de fazermos uma refeição, devido o horário, somente encontramos uma taberna com as portas abertas. A taberna é um espaço no qual o cliente pode pedir uma bebida ou algo para comer, no portugues o famoso botequim. A Taberna é muito parecida com o bar, porém, a diferença é que o bar funciona a noite, e algumas tabernas abrem na hora do almoço com refeições completas sem muita opção de menu, como os nossos botequins aqui no Brasil.
Quando o garçom da Taberna chegou para nos receber, logo adiantou que o horário do atendimento para o almoço havia sido encerrado, porém, havia uma única opção de prato disponível que, no caso, seria macarrão com ovos mexidos. Ouvindo, fiquei quieta esperando a reação dos colegas, pois sem demora fazerem os seus pedidos, e pouco a pouco todos receberam seus pratos, e lembro que uma das cabeleireiras vendo o meu desconforto e estranhamento, perguntou alto e em bom som: “Maria, você não vai almoçar, o macarrão está uma delícia?!” Sem saber o que fazer, pois já tinha procrastinado demais em pedir o almoço com intuito de passar despercebido e assim evitar causar constrangimento ao grupo, então, acabei aderindo a refeição. Sabe aquele ditado que diz, quem rir por último rir melhor? Comigo não funcionou. Quando o prato chegou, provavelmente o restante do fundo da panela, espaguete duro, seco e o ovo? Ah, quase não era visto a olho nu… na tentativa de enrolar a massa no garfo, dava a entender para os colegas na mesa que eu nunca na vida havia comido macarrão, e quando conseguia amontoar os fios no garfo e levar a boca, empurrava de goela à dentro com auxílio de Soda. Nisso, enquanto comia pensava comigo mesma, meu Deus, sai do interior do Ceará, Sobral, andei quase 300km de ônibus até Fortaleza, isso sem falar nas horas de voo, as pernas inchadas de tanto ficar sentada e chegando em solo Italiano para comer macarrão com ovo mexido… Lembrava que se esse caso fosse em Sobral, mesmo que em uma lanchonete que também serve almoço e porventura um grupo de turistas chegassem, mesmo não tendo muito a oferecer naquele momento, logo algo seria improvisado, talvez um peixe, um frango…ou até uma macarronada com molho. Digo mais, falava comigo mesma, longe de querer comparar Roma com Sobral ou vice versa. Sendo assim, lembrei de outro ditado popular que diz – “se não tem tu, vai tu mesmo”, segui com a refeição; Peço por favor, não me interprete mal e nem me julgue ser mal agradecida não, mas naquela ocasião, com a taberna em funcionamento esperava no mínimo mesmo que fosse improvisado, almoçar um bife à parmegiana com purê de batatas, isso já seria o suficiente. Após alguns minutos, depois de pagar pelo almoço na moeda europeia.A noite veio, e com ar mais leve, segue a agenda, saímos para jantar, tudo por conta do pacote turístico, tivemos jantar e música ao vivo, com mesa reservada e devidamente preparada e reservada para convidados, tudo como dita as normas de etiqueta. E se você está querendo saber se comi pizza, antecipo – saiba que não, no restaurante foi servido vários tipos de carne, inclusive porco e coelho, diferentes pratos de pastas, e saladas. Falando em vinho, havia os mais variados, seco, suave, rosé. Deixo claro que pela primeira vez ouvi ao vivo e a cores a música italiana Funiculì, funiculà, e naquela ocasião, no começo do ano 2007 alguns compraram cópias das músicas. Confesso nunca ter presenciado algo semelhante, e como dizemos por aqui no Nordeste- enchi o bucho, tirei a barriga da miséria. Dessa forma, o tempo de permanência na capital da Itália expirou.
Maria Patriolino, é escritora, contista (3 lugar nacional concurso de conto), poetisa, romancista, autora, coautora em diversas antologias brasileiras. Formada em Serviço Social, pós graduada em psicopedagogia. Ama viajar, conhecer lugares e diferentes culturas. Deu início a sua carreira literária no ano de 2020, quando publicou uma autobiografia. Já no ano de 2024, publicou o seu: Meu Querido Diário, em época de pandemia.