Maria Patriolino, é escritora, poetisa, autora, coautora em diversas antologias brasileiras. Formada em Serviço Social, pós graduada em psicopedagogia. Seus livros estão na plataforma da Loja da Amazon.
Ama viajar, conhecer lugares e diferentes culturas.
A escola apropriadamente tem um papel importantíssimo na vida das crianças na primeira infância, por isso, há trabalho no afeto, mais precisamente na Educação Infantil. Vale enfatizar que é nesse período de adaptação da criança ao meio físico e social, que os vínculos afetivos construídos nessa fase são essenciais para a evolução do educando.
Segundo Antunes (2008). O ser humano nasce extremamente imaturo para a sua sobrevivência, e sendo assim, há necessidade da presença do outro; essa necessidade é transferida através do amor. Por outro lado, o instinto de sobrevivência e a percepção da necessidade de proteção fazem com que a mãe e o pai apresentem o sentimento de amor pelo filho e a reciprocidade desse amor do filho e dos genitores funde-se ocasionando vínculo afetivo. Vale ressaltar que esse sentimento não se manifesta apenas entre filhos e genitores.
A afetividade começa no âmbito familiar com o nascimento, esses laços afetivos duram a vida toda.
Já no âmbito escolar, desde os primórdios as relações entre professor-aluno foram e continuarão a ser motivo de preocupação das pessoas relacionadas com a educação, visto que esses sentimentos são mecanismo fundamental para a sobrevivência da humanidade (Antunes, 2008). Sem afeto e compreensão o aluno dificilmente absorve conhecimento.
Assim, a afetividade no âmbito escolar é um dos fatores que favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo, fazendo com que o indivíduo aprenda através dos sentimentos, das emoções como também das experiências que são trocadas na interação com o outro. Por isso, a afetividade é muito importante na vida das pessoas, por assim dizer- desde o nascimento, e, isso se dá devido ser a primeira fase do desenvolvimento humano.
O ser humano é um ser afetivo, mas com o passar do tempo acaba se tornando racional (Davis; Oliveira, 1994).
Nesse sentido, o grande desafio do professor para essa evolução é enxergar o aluno em sua totalidade, visto que ambos vivem em meios diferentes e precisam entender o contexto em que cada aluno está inserido. Frisando: é importante conceder subsídios para compreender a interação que o professor e o aluno devem estabelecer dando relevante contribuição ao desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem.
Vale ressaltar que o desenvolvimento afetivo da criança depende de como as situações é imposta no ambiente escolar, pois além de tudo, é preciso mostrar que ela está sendo notado, é necessário também trabalhar com atividades que despertem a sua atenção, principalmente, dar oportunidade e autonomia para que a criança expresse seus sentimentos, sempre levando em conta que uma criança é diferente da outra, cada uma com as suas particularidades. Sendo assim, devemos levar em conta essas diferenças e se preciso for até criar novas estratégias para acolher cada uma delas especificamente, cientes de que as diferenças realmente existem (levando em conta o contexto familiar de cada educando).
A afetividade está presente diariamente na vida da criança, por isso é necessário que nós, educadores e/ou pedagogos possamos refletir e resgatar o tema no nosso cotidiano, estabelecendo relações com nossos alunos, com intuito de tornar o ambiente escolar mais prazeroso e interativo, que possibilita um melhor desempenho na educação infantil.
É importante salientar que essa pesquisa tem objetivo de perceber a afetividade no ambiente familiar e no ambiente escolar – em especial na educação infantil. Levando em conta que o trabalho do professor deve ser acompanhado de (cuidado, respeito, compreensão, acolhida e apoio emocional ) e consequentemente verá o desenvolvimento do aluno, pois é nessa fase em que a criança está descobrindo um novo mundo, que é a escola, fase crucial para o seu desenvolvimento pessoal para toda a vida…
Fontes:
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; MAHONEY, Abigail Alvarenga (Orgs.). Afetividade e aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. São Paulo: Edições Loyola, 2007.
MORALES, Pedro. A relação professor-aluno: o que é, como se faz.. Trad. Gilmar Saint e Clair Riberio. São Paulo: Loyola, 1999.
MORENO, M. Conhecimento e Mudança: os modelos organizadores na construção do conhecimento. Ed Morena e Editora Unicamp, São Paulo, 2003.