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Amores urgentes
Literatura

Amores urgentes

Alexandre Lucas* Segunda-feira. O amor se envenenou de urgências, já não sabe se recorre para o desaparecimento ou para a “Quadrilha”, de Drummond. O amor é urgente, cansa, despedaça, coloca a paciência no precipício, convoca o calafrio para esbarrar entre as borboletas, atiça brilho nos olhos e o derrame do mar.  O amor é invocado mesmo. Invocado por aqui, é tipo mistério e esperteza, tudo junto.  Frida e Neruda foram de confusões e de amores vastos, como a vastidão dos grãos de areia e os conflitos entre céu e terra.    Vejo o amor passando na tela, até dar vontade de guardar na estante da sala, mas o amor é vivo, impulsivo, não tem grades, mesmo quando é enjaulado. Ele escapa pelos pensamentos e sai meio tonto e como avoante, voa!  Estou de saíd...
Ensaio revoluções
Literatura

Ensaio revoluções

Alexandre Lucas* Por favor, que os amores tranquilos mantenham distância. Quero é o fogo! O corpo em brasa, as borboletas em chamas e a poesia ardendo de felicidade. Basta de amores tranquilos! Que o amor solte faíscas pelo celular, fale sacanagem no ouvido em plena reunião e que aproveite cada canto para fazer fogueira e suar desejos. Os amores tranquilos são enfadonhos. Gosto mesmo é de me pegar com a caneta na boca lembrando dos olhos afogueados e dos despudores das noites de furacão. Os amores tranquilos não têm cartas de amor. Que venha a palavra atiçando as pernas cruzadas e enchendo a boca de tesão. Que a linguagem seja um corpo-texto, quente e faminto. Os amores tranquilos são pálidos. Bom são as marcas, as mordidas, a passagem da língua, o cabelo desgovernado o corpo v...