Não se fazem mais dezembros como antigamente
Luciana Bessa
Em minha memória, dezembro sempre foi um mês marcado por festividades e simbologias. Este dezembro de 2025 nunca esteve tão insuportavelmente quente e violento.
Sinto saudades daquele tempo em que nossas maiores preocupações dezembristas giravam em torno do presente do amigo secreto, da roupa que seria usada na noite de Natal, da comilança e do ganho de peso, da constatação das metas não cumpridas e do planejamento das metas do ano vindouro.
“Mudam-se os tempos”, mudam-se as preocupações, especialmente para as mulheres. A maior agonia é manter-se viva. Domingo, 07, mulheres em todo país ( eu estava lá) foram às ruas para denunciar os altos casos de feminicídio, além de protestar contra todas as formas de agressão aos direitos femininos.
Mais do que den...

