A visceralidade de Caio Fernando Abreu
Luciana Bessa
Visceral. Essa é a palavra que eu usaria para representar Caio Fernando Abreu, escritor, dramaturgo e jornalista, que aos seus pares, desejou “uma fé enorme em qualquer coisa” (penso que apreciava “Andar com fé”, de Gilberto Gil), e que, em troca, desejava o mesmo: uma fé em “qualquer coisa maravilhosa”, que o fizesse acreditar em “tudo outra vez”.
Premiada. Essa é a palavra que eu usaria para falar da obra de Caio Fernando Abreu. Em 1996, recebeu o Prêmio Jabuti pelo livro Orelhas Negras. Em 1989, por Os Dragões não Conheciam o Paraíso. Em 1984, foi a vez de O Triângulo das Águas. Como se não bastasse em 1982, Morangos Mofados, foi eleito pela Revista Isto É como o melhor livro do ano.
Angústia. Essa é a palavra que usaria para representar a obra de estreia de Caio ...