Faz frio entre as fogueiras
Alexandre Lucas*
Seguro uma bandeja de choro. As nossas lágrimas foram ensinadas. Por perto tantas primaveras e o medo de se perder entre as flores. Continuo sendo a Frida: sofrida, rebelde e cheia de desejos. Tem horas que abro varanda para se encantar com a brisa, mas logo saio temendo os redemoinhos.
Caminho sonolenta, cabelos esvoaçantes, cheia de entrelinhas, olhos profundos como o mar, talvez sendo miragem no asfalto do meu coração. Estou sendo dura comigo, talvez para não ser explosão, decepção, ilusão, tenho que sair desta rima. Dar a reviravolta, cambalhotear nas nuvens, sentir a eletricidade e os choques de alegria. Acorda Frida, dorme Frida!
Reage! Dizem os meus instintos mais humanos, mas minhas razões emotivas tripudiam. A contradição é o traçado do tempero h...