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Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó
Literatura

Nordestinados a Ler na Rádio Cafundó

 Na programação da Rádio Cafundó, o Nordestinados a Ler vai homenagear a escritora Zélia Gattai, paulista por geografia, baiana por afetividade, nascida no dia 02 de julho de 1916. Memorialista, escritora e fotógrafa, Zélia Gattai estreou na literatura aos 63 anos com a obra “Anarquistas, Graças a Deus”, Prêmio Paulista Revelação, no ano de 1979, em que podemos acompanhar seus primeiros anos de vida, as revoluções sociais do século XX, a chegada do Estado Novo, o crescimento de São Paulo. Triplamente imortal, Academia Brasileira de Letras, Academia Ilheense de Letras e Academia de Letras da Bahia. Ela escreveu por trinta anos: foram quinze livros, dez de memórias, quatro infantis e um romance.• Dia 02, sábado• Horário: 17h Para ouvir, acesse o link: http://l.radios.com.br/r/...
Às memórias de Zélia Gattai
Literatura

Às memórias de Zélia Gattai

Shirley Pinheiro “Num casarão antigo, situado na Alameda Santos número 8, nasci, cresci e passei parte de minha adolescência”. Zélia Gattai nasceu em 2 de julho de 1916, em São Paulo, a maior metrópole da América Latina. E, como narra, em sua obra de estréia, Anarquistas, Graças a Deus (1979),morou por muito tempo na rua Alameda dos Santos, vizinha da grande Avenida paulista, junto de seus pais — Ernesto Gattai e Dona Angelina — e irmãos — Wanda, Vera, Tito e Remo. Sua infância foi marcada pelas sessões de cinema mudo, pelas leituras e pelas mudanças (sociais, políticas e tecnológicas) que aconteciam na capital paulista. Escritora, memorialista e fotógrafa, nas suas obras, em sua maioria autobiográficas, Zélia Gattai narra os acontecimentos que marcaram os diferentes períodos ...
A vida invisível de Eurídice Gusmão
Literatura

A vida invisível de Eurídice Gusmão

Shirley Pinheiro A leitura de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão me pegou desprevenida. Em linhas gerais, já conhecia o enredo, a história de duas irmãs que tomam rumos diferentes na vida, mas que ambas vivem infelizes com suas escolhas. Bem, isso é o que está nos resumos da obra nos sites de compra. O que eu não esperava, é que nas primeiras páginas, quando a autora, Martha Batalha, introduz suas primeiras notas, eu já estaria de olhos marejados e completamente entregue à obra. “Mas o mais real deste livro está na vida das duas protagonistas, Eurídice e Guida. Elas ainda podem ser vistas por aí. Aparecem nas festas de Natal, onde passam a maior parte do tempo sentadas, com o guardanapinho nas mãos. São as primeiras a chegar e as primeiras a ir embora. Comentam sobre os te...
Literatura

O milagre de Shirley Dayanna, nos versos de Salete Maria

Shirley Pinheiro Em 1949, Simone de Beauvoir concluiu que as concepções acerca dos indivíduos são construídas social e culturalmente, não se nasce com elas, mas se aprende através da socialização, logo, “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Mas o que faz de uma mulher uma Mulher? Para Shirley Dayanna, protagonista do cordel O Milagre Travesthriller: A História Da Travesti Que (Com Fé) Engravidou, escrito pela advogada (de mulheres, travestis, pessoas trans e homossexuais), professora e cordelista Salete Maria, o que a preocupa e faz com que se sinta inadequada é a impossibilidade de aumentar sua família, “como faz todo casal”. O que a impede de realizar esse desejo? Shirley Dayanna, “orgulho da causa gay”, é uma travesti. É então que começa a saga de transgressão de Shirley Dayanna...
Literatura

Olga Savary: “Eu sou um ser erótico”

Shirley Pinheiro Aos 19 anos, com um exemplar do próprio livro embaixo do braço e a ousadia de uma poeta em ascensão, Olga Savary visitava o antigo Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro, onde trabalhava o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, aquele que viria a se tornar um grande amigo e admirador (de sua beleza e poesia). A intenção da jovem era convencer o autor de Alguma Poesia (1930) a ler os cem poemas que ela reunira naquele “livrinho”. Mal sabia que naquele momento despertara o encantamento de um dos maiores poetas da Literatura Brasileira e que dali em diante seria a musa de vários poemas não publicados, dentre eles Miragem (1955). Miragem Chegou, impressentida e silenciosa, Com uma saudade eslava nos cabelos E um ritmo de crepúsculo ou de rosa. ...