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O modo de ser e de estar no mundo
Literatura

O modo de ser e de estar no mundo

Luciana Bessa Somos fruto da “sociedade do espetáculo” (Guy Debord) em que nossas relações acabam se confundindo com mercadorias expostas nas redes sociais. Nesse contexto, a aparência se torna a tônica da existência objetificando e artificializando as relações humanas que deixam de ser vividas em sua essência. Nesta sociedade que cria, edita as regras e os valores é comum o uso de máscaras sociais, como um artifício para se conviver harmonicamente em coletividade, e assim, sermos aceitos e legitimados. A imagem que o sujeito transmite de si é de beleza, força, benevolência, fazendo com que o outro acredite em suas “boas intenções”, na perfeição de suas palavras. Via de regra, as imagens transmitidas são, na verdade, ficções criadas por outros que não nós. Ao longo dos séculos, cr...
Mundo
Literatura, Sem categoria

Mundo

Francisco Joherbete Às vezes o mundo nos bate Se aproxima de cada um de nós E chuta Sem medo de abater. Às vezes cospe no chão Nós temos que secar A vida é apenas um passatempo E o mundo venha nos maltratar. Muitas vezes a solidão Nos pega de repente E o único aconchego que recebemos É mais um date com esse mundo Divergente. O tapa na cara A cuspida no rosto O chute sem graça E o fogo nos outros. São coisas do cotidiano Que não vêm mais nos surpreender Pois já estamos acostumados De tanto sofrer. Às vezes o mundo quer Sempre nos acalentar Mas sabemos que o fim é o mesmo A cova de esperará. Sobre o autor: A chave da vida é a palavra, por isso escrevo com nenhuma vergonha na cara, "as minhas palavras atraíra...
Tentei falar
Literatura

Tentei falar

Alexandre Lucas* Não deu para esquecer a indiferença. Naquele dia não teve festa, nem morte, mas tinha quase 45 anos envolvidos e a descrença alheia. Mentirosa, exagerada, chata e outras coisas que esqueço é vendaval de sinônimos que tatoo na alma. Rostos pálidos e silenciosos capazes de escavar minha cabeça. Faltou brilho, sobrou desvio de olhar. É como se tivesse nua gritando por socorro e ninguém pudesse escutar. Como se tivesse num país desconhecido em que a minha língua fosse estranha e ainda estivesse invisível. Precisava dizer para o mundo que fui violada, sem viola e sem verso florido. Homens e mulheres me tocaram com suas palavras de arames farpados. Sentir o roçado de cada palavra nos meus pensamentos: dói, sangra e revolta. Sentir também o peso da mão, da sandália e do ...