Rebobinando
Ludimilla Barreira*
A última textura que senti na minha bochecha e entre os meus dedos foram os grãos de areia na praia, meio áspero, meio frio, não combinava com as minhas lembranças de sol e sal, da brisa que tocava meus braços e se abrigava no meu peito, dos sorrisos trocados e da música animada. Depois que meu rosto encostou na areia fria e úmida as luzes se apagaram.
Foi um movimento que parecia automatizado, como esses sorrisos que treinamos na frente do espelho para sair bem nas fotos, levantei a mão e a apontei para a minha cabeça. Eu estava cansada de não encontrar uma fuga ou uma solução para todos esses problemas, busquei alívio para o peso amarrado em mim, essa angústia que mastiga cada parte e não me deixa pensar em uma resposta, apenas nas questões.
Aprendi que o ...