Dark Ferreira
Era uma vez uma cidade que havia esquecido o valor da cultura. As ruas da cidade estavam em silêncio, sem música, sem poesia, sem teatro. Os artistas, artesãos, escritores, e músicos não tinham nada para fazer e, além disso, tudo o que eles criavam não era valorizado.
Mas havia um grupo de pessoas que acreditava que a cultura era o coração da cidade e que, sem ela, o lugar deixaria de ser uma cidade. Esse grupo se reunia em pequenos espaços, nos quais compartilhavam as suas inquietações e desejos. Eles sabiam que a cidade precisava de cultura e que eles próprios precisavam da arte para viver.
Então, eles decidiram fazer alguma coisa. Eles começaram a escrever cartas abertas para os governantes, organizaram protestos pacíficos, criaram eventos artísticos independentes, e procuraram parcerias com empresas privadas. O objetivo era mostrar que a cultura não era luxo, mas sim uma necessidade para a cidade e para as pessoas. Estes guerreiros culturais acreditavam que a arte podia transformar as vidas das pessoas, e assim, decidiram dar o exemplo.
Em um primeiro momento, os governantes pareciam indiferentes, mas os artistas não desistiram. Eles criaram, então, projetos colaborativos, que permitiram que mais pessoas se envolvessem nas atividades culturais da cidade. O movimento foi crescendo e, com ele, também surgiram novas perspectivas.
Finalmente, as autoridades perceberam que a cultura era vital para a cidade e, pouco a pouco, começaram a dar mais atenção a ela. O orçamento para a cultura aumentou, os salários dos artistas foram reajustados, e os equipamentos fornecidos para as atividades culturais foram renovados. A cidade voltou a ter vida e energia. Os museus, teatros, praças e ruas eram novamente ocupados pelos artistas e, consequentemente, as pessoas sorriam novamente.
E assim, a cidade voltou a ter a sua alma de volta. Graças à coragem, à determinação e à dedicação de um grupo de pessoas que nunca desistiram de lutar pela cultura. A cidade agora era um lugar colorido, diverso, e repleto de expressões artísticas. As pessoas celebravam a cultura e reconheciam a importância das artes para a vida. E, como dizia um poeta escritor local: “A cultura é a flor da cidade, o seu perfume, a sua energia vital, o seu coração”. E nessa cidade, a cultura finalmente floresceu.