Nascido na zona sul do Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913, Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes foi escritor, poeta, jornalista, crítico literário e de cinema, diplomata e dramaturgo e cantor.
Sua tendência artística provém da própria família. Seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, era poeta e sua mãe, Lydia Cruz de Moraes, era pianista. Seu talento começou a desenvolver-se muito cedo: aos 9 anos de idade já escrevia poemas direcionados a uma garota. Aos 15 anos já concebia suas primeiras canções.
Seus escritos retratam, sobretudo, o amor, as mulheres e os amigos, saudade, carência, desejo e paixão, contudo também produziu inúmeros textos de cunho social. Além disso, sua poesia fragmenta-se em duas etapas: a primeira relativa ao misticismo que se pautava no cristianismo e sob esta perspectiva produziu seu primeiro livro, “Caminho para a Distância” em 1933.
A segunda etapa aborda aspectos de uma poesia onde há a predominância da virilidade que se aproxima bastante do mundo material, onde busca comtemplar o cotidiano e os dramas sociais de sua época além dos traços de repulsa a sua primeira fase e nestas circunstâncias sua primeira obra publicada foi “Cinco Elegias”, em 1943.
Além de escritor, Vinícius de Moraes também teve seu reconhecimento enquanto um dos mais famosos nomes da música popular brasileira, além de tornar-se um dos símbolos a Bossa Nova.
No ano de 1965, compôs em parceria com Edu Lobo, a música “Arrastão” que foi Interpretada por Elis Regina e ganhou o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira da TV Record. Em colaboração com Tom Jobim também escreveu o maior hino da bossa nova “Garota de Ipanema” que foi gravada mais de 200 vezes ao redor do mundo. Ademais também escreveu “Eu sei que vou te amar” (1959), “Insensatez” (1961), “Samba da benção” (1967), “Aquarela” (1983), dentre várias outras.
Era descrito pelas pessoas que o cercavam como dócil, carinhoso, características estas que não se estendiam somente as mulheres e aos amigos. Outro traço particular era seu gosto pelo uso das palavras no diminutivo. Quando em casa, seu lugar favorito era o banheiro, até mesmo nos momentos de escrita não abria mão de sentar-se na banheira.
Morreu em 9 de julho de 1980 em razão de um edema pulmonar. Após sua morte foi homenageado com uma rua no bairro Ipanema que recebeu seu nome. Em Itapuã, Salvador, em por ocasião aos seus 90 anos foi inaugurada uma praça com uma escultura sua em bronze (onde se encontra sentado e em tamanho real), sendo a grande atração entre os turistas que costumam fazer fotografias ao seu lado.